segunda-feira, 11 de abril de 2011

Trabalho para a UC Cultura Contemporânea

Cultura Contemporânea

Quotidiano, Social, Ser ou não, os dias de hoje


Porque as pessoas são mais importantes do que as coisas

      Esta frase, na minha opinião, sintetiza, brilhantemente, o nosso quotidiano e, sobretudo, as nossas atitudes em relação a este. Por um lado, realça, de certa maneira, a forma como encaramos a vida ou melhor que comportamos com as pessoas que completam a nosso círculo social, por outro lado, evidencia ou descreve as possíveis consequências desta nossa forma de actuar, isto é, o deixar de ser para parecer.

      Portanto, chegou-se, à conclusão, que com isto, sacrificamos os nossos reais pensamentos, cuja natureza destes, porventura, poderiam ser de má ou boa índole, no entanto, a pergunta que se coloca é a seguinte: -Seria possível viver sem estar, constantemente, a reprimir o que realmente se sente, independentemente, da situação, ou seja, ser e não parecer sem pensar nas repercussões que isto traria tanto de bom como de mal, posto isto, eis a questão levantada, genialmente, por William Shakespeare “ser ou não ser” agora, façamos a nossa escolha.

      “Porque as pessoas são mais importantes do que as coisas”, esta frase remete-me para o nosso dia-a-dia, ou seja, tal é a verdade desta citação que por si só faz de si mesmo uma máxima.

      No meu entender, as ditas “coisas” aplicam-se aos costumes, maneirinhos, etiqueta e superficialidades, isto quer dizer que o mundo, esse, ao qual pertenço e que por vezes, não entendo, se rege por essas “banalidades”, isto no sentido moral da palavra.

      Por outro lado, a prática de boas ou más atitudes que inerentemente, produzem consequências positivas ou negativas ao deixarmos de ser o que somos, para aparentarmos ser outra coisa, a máscara que no fundo todos nós usamos, embora uns mais que outros, a constante pressão para causar uma boa impressão às audiências, aos pais, à sociedade, ao próximo, tudo isto faz-me perguntar a mim mesmo onde fica a individualidade, a tal coisa que nos distingue dos demais. As vezes, ponho-me a pensar se não somos, nada mais, nada menos do que autómatos ou escravos da sociedade, quer isto dizer que o que a maioria determina o que tem de ser, senão o fizermos seremos excluídos, e por conseguinte, somos obrigados a compactuar. Posto isto, concluo que na verdade, sou o que não sou.

Deixamos de ser para parecer…

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